MANI
festo
Cantadas, filmadas, escritas, fotografadas,
as feiras populares persistem hoje através de diferentes formas de articulação e enfrentamento que perpassam as dimensões simbólicas e afetivas, mas também a capacidade de organização e as necessidades econômicas. Ainda que seja perceptível a presença cada vez maior do discurso que associa as feiras livres com a retomada dos espaços públicos nas grandes cidades, quando tratamos das feiras tradicionais presentes nas numerosas cidades do interior nordestino nem sempre as ações de gestão pública orientam-se por uma perspectiva que abarca as feiras como parte da dinâmica urbana.
Nosso compromisso é com a divulgação ativa e a disponibilização do nosso acervo em memória e representação das feiras populares do estado de Alagoas.
Em especial as feiras da Levada, Jacintinho e Tabuleiro, em Maceió, e também as feiras de Porto Calvo, Arapiraca e Penedo.
EIXOS TEMATICOS
Eixo analítico que discute as feiras enquanto “lugares de memória”. As feiras são consideradas por muitos historiadores das cidades brasileiras como um importante elemento originário das vilas e cidades no Brasil colonial e posteriormente da consolidação dessas cidades e de novas centralidades urbanas. São abundantes as reflexões contemporâneas sobre as feiras enquanto lugares de expressão das tradições e reafirmação identitária.
A inscrição, em 2006, da Feira de Caruaru como referência cultural brasileira no livro de registro de Lugares do IPHAN indica a percepção da relevância desses espaços como patrimônio cultural institucionalizado.
Movido pelo conceito de “lugar de memória” discutido por Piere Nora (1993) a abordagem desse primeiro eixo pretende explicitar as tensões entre o conceito de lugar oriundo de uma perspectiva da “história do tempo presente” explicitada pelo autor e seu desdobramento institucionalizado na discussão patrimonial.